Ivornei Piva CEO da IXC Soft | Opa! Suite | modobank
Nas últimas semanas, não há lugar que frequento sem que a Inteligência Artificial (IA) seja pauta da conversa. Geralmente, querem saber minha opinião sobre o que vai ser da humanidade com tamanha inteligência das máquinas e se concordo com a carta assinada por pensadores e grandes figurões da indústria tecnológica mundial.
É importante que diferentes áreas da sociedade estejam envolvidas nessa discussão. Mas chama atenção, que tais preocupações venham mobilizando tantos nomes da indústria somente agora, já que a Inteligência Artificial vem sendo desenvolvida há várias décadas. Estariam eles realmente preocupados como o futuro da humanidade; ou querem um tempo porque suas indústrias estão atrasadas na corrida pelo mercado de IA?
Desde os anos 1950 até hoje, a pesquisa de IA passou por várias fases, com um crescimento exponencial a partir de 2010 devido à grande quantidade de dados disponíveis e algoritmos mais sofisticados de aprendizado de máquina, especialmente a aprendizagem profunda (deep learning).
Trata-se de algo inspirado na estrutura do cérebro humano, que permitiu aos computadores aprenderem a reconhecer padrões complexos em grandes conjuntos de dados. Inovações ocorreram em várias áreas, como reconhecimento de fala, visão computacional, processamento de linguagem natural, robótica, veículos autônomos, assistentes pessoais, diagnóstico médico, análise de dados e até mesmo na arte.
Avanços significativos podem ser vistos, por exemplo, na automação de tarefas repetitivas que causavam problemas de saúde humana; no aumento da eficiência organizacional; na assistência médica que melhorou inúmeros diagnósticos e tratamentos; ou na personalização da educação que adapta o ritmo e o estilo de aprendizagem a cada aluno; e no combate às mudanças climáticas;
O que ocorre neste momento é a popularização da IA, com ferramentas como o ChatGPT, que expõe ao cidadão o quão impressionante pode ser a capacidade da Inteligência Artificial em afetar a vida em sociedade. Algo que já ocorre há anos no contexto das redes sociais digitais, mas sem a transparência de como seus algoritmos afetam nossas decisões. Se é verdade que o que os olhos não veem o coração não sente, podemos dizer que a IA está escancarando bem na frente dos nossos olhos um mundo novo e assustador.
Precisamos estar todos com os olhos bem abertos para algumas aplicações da IA e suas consequências. Dentre elas destaco: a perda de milhares de empregos para além das tarefas repetitivas, causando um colapso econômico; o viés algorítmico que poderá ser propositalmente criado para gerar resultados discriminatórios em várias áreas; a dependência significativa que pode levar à diminuição da capacidade cognitiva das pessoas; e seu uso maldoso para ataques cibernéticos e outros.
Por tudo isso, penso que o avanço da Inteligência Artificial é inevitável, mas precisa ocorrer dentro de mecanismos claros de regulação ética, transparência e responsabilidade, levando em consideração suas consequências. Somente assim é possível enxergarmos um mundo melhor, sem que a IA comprometa a melhor das inteligências: a das pessoas.
PS: esse artigo foi elaborado com o auxílio do ChatGPT