Se há algo de grande valor hoje em dia é a informação e a segurança em torno dela. Com a evolução da tecnologia, o ser humano passou a migrar gravações em fita, agenda, álbum de fotos para um cenário digital, subindo-os em nuvem ou armazenando-os em discos que ficam guardados em uma caixa que raramente é revisada, a não ser, claro, quando precisamos buscar isso por algum motivo ou adicionar mais informações.
Agora, imagine o seguinte cenário: seu disco com todas as recordações está guardado no seu armário e você recebe sua família para um jantar; durante a conversa, decide mostrar as fotos tão preciosas, e quando vai projetá-las, uma surpresa – o disco não está mais funcionando!
Essa é sua única cópia e não tem outro meio de recuperar. Então você decide ir a um técnico para recuperar os dados. Apenas trocando a placa lógica do disco, ele consegue recuperar o dispositivo, com os dados intactos! Ufa, essa foi por pouco.
Mas pensemos… E se fosse um incêndio? Uma enchente? Ou até mesmo os dedos curiosos de uma criança que, brincando de se esconder, encontrou seus discos?
Em cenários como esses, o resultado normalmente é catastrófico, e pensando em situações como essas é que devemos desenvolver o hábito de fazer backup. Ter uma segunda cópia, um plano B em caso de emergência. É muito melhor ter sempre uma cópia que nunca será usada do que precisar de uma cópia e não ter.
É para situações desse tipo que existem empresas especializadas em armazenar seus dados em um servidor remoto, conhecido como nuvem. Esse negócio consiste em montar uma operação com muitos computadores projetados especialmente para suportar uma grande carga de dados, em que, por um pequeno preço, podemos manter um backup a mais.
Mas será mesmo que essas fortalezas são realmente impenetráveis? Estão imunes a ataques hackers ou catástrofes naturais? E quanto a falhas humanas?
Se formos calcular cada possível regra caótica que poderia reger o destino dos nossos dados, pisaremos nos territórios da paranóia.
Como podemos então dormir tranquilos com os perigos que permeiam a integridade dos nossos dados?
A resposta é simples e muito intuitiva: basicamente o segredo é manter mais que uma cópia para garantir segurança dos dados. Se são fotos importantes, por que não manter uma cópia em um pen-drive, outra em um disco e outra em nuvem?
A probabilidade de perder esses dados é reduzida drasticamente, uma vez que não é difícil dar problema com um nível de articulação grande, em caso de falha em um dos elementos, ainda é possível tentar as outras opções.
Testar o backup, acessando-o constantemente, também aumenta a taxa de sucesso e segurança. É preciso verificar se os dados estão íntegros enquanto temos a opção de refazer as cópias, pois na hora da necessidade precisamos ter certeza de que nosso backup vai funcionar.
Lembre-se: é melhor ‘perder tempo’ verificando se o sistema de backup está funcionando, do que perder tempo se lamentando por ter se descuidado. Os dados que são tão preciosos merecem essa atenção.
Um banco de dados pode ser recuperado através de um extenso trabalho, muitas vezes manual, precisando recadastrar. Mas e as fotos de um casamento? Do primeiro aniversário? Da formatura da faculdade?
Infelizmente o tempo não volta e se não tivermos cuidado com essas lembranças, elas poderão ser perdidas para sempre.
Mateus Pedroso │ Analista de redes IXC Soft